Tinta
inteligente revela corrosão e fissuras em estruturas metálicas.
Um grupo de
engenheiros da Universidade de Michigan, Estados Unidos, adotou um enfoque
diferente. Eles desenvolveram uma espécie de tinta inteligente, feita com
diversas camadas de polímeros, capaz de monitorar as estruturas sem a
necessidade de um exame físico, como é feito hoje.
A tinta
inteligente não serve apenas para pontes e edifícios, mas também para qualquer
estrutura metálica, como aviões e navios, podendo monitorar fraturas, trincas e
corrosão.
Como a tinta
é composta de várias camadas de polímeros, os pesquisadores também estão
chamando o novo material de "pele sensorial artificial para metais."
O segredo de seu funcionamento está na dispersão de nanotubos de carbono ao
longo das diversas camadas. As propriedades elétricas das camadas transformam a
tinta em um sensor multi-uso.
Cada camada
da pele artificial consegue medir algo diferente. Uma testa o pH da estrutura,
que se altera quando há corrosão. Outra camada registra trincas e fissuras
quebrando-se junto com o metal, da mesma forma que a tinta de uma casa não
esconde a trinca que está acontecendo na parede.
Nas bordas da
tinta inteligente são fixados eletrodos, por sua vez conectados a um
microprocessador autônomo. Para realizar a inspeção, basta aplicar uma tensão
elétrica sobre a tinta. A corrosão e as trincas alteram a resistência elétrica
nas camadas de polímeros e nanotubos.
O
microprocessador então cria um mapa bidimensional dessa resistência. O mapa é
tão preciso que permite a localização de micro-fissuras e pontos de corrosão
microscópicos, que ainda não podem ser visualizados pelo olho humano. Como
resultado, a ação corretiva pode começar antes que haja qualquer risco para a
estrutura.
Fonte: Inovação Tecnológica