quarta-feira, 13 de março de 2013

Concreto com o uso de materiais reciclados


Pesquisadores do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU), do campus da Universidade de São Paulo em São Carlos (USP-São Carlos), desenvolveram um novo tipo de concreto formado por componentes reaproveitados. A mistura leva areia de fundição, utilizada em moldes nos processos de fundição de peças metálicas e que substitui 70% da areia normalmente utilizada, e escória de aciaria, resíduo da produção do aço que substitui totalmente o uso da pedra.

Além de reaproveitar os resíduos nocivos ao meio ambiente, que seriam descartados em aterros industriais específicos a um custo de cerca de R$ 200 a tonelada, a tecnologia proporciona a economia de recursos. 

O material não pode ser utilizado para fins estruturais, como construção de vigas, pilares e lajes, em decorrência de sua resistência máxima atual, que é de 56 Mpa. O concreto pode ser destinado exclusivamente à produção de contrapisos, calçadas, guias, sarjetas, blocos de vedação, bloquete de pavimentação e mobiliário urbano.
  
A pesquisa é desenvolvida pelo grupo de estudos de arquitetura, tecnologia e materiais (ArqTeMa), pela parceria entre Pablos, que é vice-diretor da equipe, com os professores Osney Pellegrino e Eduvaldo Sichieri.

Comercialização

Apesar de o produto já ter um número provisório de patente, concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), será verificada a existência de outro produto com características parecidas em todo o mundo. 

A intenção do grupo é comercializar o concreto no mercado, atividade que deve ficar a cargo da Agência USP de Inovação, que faz a gestão do uso de todo o conhecimento produzido na universidade. Em casos que geram patente, a USP fica com 50% do seu valor e os autores com outros 50%. Atualmente, a entidade estabelece contato com empresas e indústrias do setor que possam se interessar em comprar o concreto na fabricação de elementos para a construção civil. Segundo Pablos, o valor do concreto "reciclado" deve ser menor que o de outros produtos similares no mercado.


Fonte: PINI WEB

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